Legiferação do poder executivo: as Resoluções do CONAMA

  • Vera Cecília Gonçalves Fontes Universidade Estadual de Maringá - UEM
  • Antônio Carlos Segatto

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo abordar a problemática relativa à crescente legiferação do Poder Executivo, ultrapassando os limites das delegações permitidas pela Constituição Federal, o que incorre na edição de normas ilegais. A doutrina encontra-se dividida: para alguns, esse fenômeno é decorrente da sociedade técnica, que demanda soluções cada vez mais rápidas aos novos problemas; estas necessidades de regulamentação não são supridas pela via legislativa tradicional, devido, entre outros motivos, à morosidade do processo legislativo. Outros posicionam-se no sentido de que o princípio da separação de poderes há de ser respeitado, sendo a função legislativa prerrogativa do poder Legislativo, Nesse cenário são analisadas as Resoluções emanadas do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), órgão pertencente à estrutura do Poder Executivo, criado por força do disposto no artigo art. 6º, inciso II da Lei nº 6.938/81, que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente. O CONAMA tem exercido autêntica função legislativa por meio de suas resoluções, extrapolando, assim, suas atribuições e gerando, com isso, grande polêmica.

Biografia do Autor

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Bacharel em Direito, especialista em Direito Ambiental pela Universidade Estadual de Maringá, aluna do programa de pós-graduação stricto sensu em Direito da Universidade Estadual de Maringá.

Antônio Carlos Segatto

Doutor em Direito pela PUC-SP. Professor de Direito da UEM. Advogado.

Publicado
2018-10-03
Como Citar
FONTES, Vera Cecília Gonçalves; SEGATTO, Antônio Carlos. Legiferação do poder executivo: as Resoluções do CONAMA. Revista Jurídica da UniFil, [S.l.], v. 5, n. 5, p. 25-37, out. 2018. ISSN 2674-7251. Disponível em: <http://periodicos.unifil.br/index.php/rev-juridica/article/view/612>. Acesso em: 16 abr. 2024.