A negociação coletiva como mecanismo de proteção ao emprego em face da fantástica fábrica tecnológica de promoção do desemprego no Brasil
Resumo
Este estudo analisa o aumento do desemprego tecnológico devido à automação nas fábricas e à implementação de tecnologias nas empresas. Utiliza-se de uma análise bibliográfica para sustentar a hipótese de que as negociações coletivas podem ser uma via negocial garantidora de direitos aos trabalhadores e preservação de empregos dignos. Inicialmente, analisa-se a quarta revolução industrial como resultado da globalização e da racionalização do discurso neoliberal, que geram flexibilidades de mercado e promovem o surgimento de empresas transnacionais. Em seguida, discute-se a substituição e extinção de funções, resultando no desemprego causado pelo crescente uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nas empresas. Por fim, propõe-se o uso das negociações coletivas como solução para os efeitos negativos das TICs aos trabalhadores, devido à sua força executória e à possibilidade de diálogo entre atores sociais, sindicatos e empresas para estabelecer procedimentos a serem adotados e contratualizados em acordos e convenções coletivas.