Marxismo – Cosmovisão ou Miopia?
Resumo
Este artigo discute a cosmovisão como ferramenta filosófica e teológica fundamental para compreender a realidade e contrasta a cosmovisão cristã bíblica com a cosmovisão marxista. Argumenta-se que todo ser humano interpreta o mundo através de pressupostos básicos, conscientes ou não, que moldam valores, crenças e comportamentos. Enquanto a Bíblia apresenta uma narrativa verdadeira e abrangente, o naturalismo e o marxismo surgem como alternativas seculares que substituem elementos centrais da fé cristã por categorias materialistas. Marx, influenciado por Feuerbach, Hegel e pelo racionalismo moderno, construiu uma filosofia da história que assume traços messiânicos e religiosos, propondo um “Éden” primitivo, uma “queda” pela propriedade privada, uma “redenção” pelo comunismo e um “povo eleito” no proletariado. O texto conclui que o marxismo, mais do que uma teoria política, constitui uma cosmovisão concorrente e uma heresia estruturalmente paralela ao cristianismo, oferecendo uma redenção sem Deus e um messianismo sem Messias.