Análise da atividade antioxidante In Vitro de medicamentos utilizados no tratamento de artrite reumatoide
Resumo
A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune que afeta as articulações diartrodiais. Acredita-se que as interações entre vários fatores levam a uma imunomodulação inadequada e resultam em um processo inflamatório resultando em danos às estruturas sinoviais. Independentemente do gatilho exato, as espécies reativas de oxigênio (EROS) foram implicadas em desempenhar um papel importante neste processo. A AR é uma das condições que induzem o estresse oxidativo (EO), apresentando aumento de cinco vezes na produção de EROS em comparação com indivíduos saudáveis, sugerindo que o EO é uma marca patogênica na AR. Diante do contexto apresentado, o trabalho avaliou a atividade antioxidante in vitro de fármacos comumente utilizados no tratamento da AR, para controle dos sintomas e outros utilizados para modulação do curso da doença, como: Sulfassalazina 500mg, Hidroxicloroquina 400mg e Leflunomida 20mg. O estudo analisou a capacidade desses medicamentos em remover radical 2,2'-azino-bis (ácido 3-etilbenzotiazolina-6-sulfónico) (ABTS+) e identificar qual deles obteve um maior desempenho no papel antioxidante, contribuindo para a escolha terapêutica entre esses medicamentos. Segundo os dados obtidos todos os medicamentos apresentaram atividade antioxidante, sendo a Hidroxicloroquina o medicamento de melhor eficácia apresentando um IC50 de 35,921 mg/mL, já a Sulfassalazina apresentou IC50 foi de 0,783 mg/mL e a Leflunomida um IC50 foi de 35,921 mg/mL. Embora alguns estudos já tenham apontado para essa direção, a literatura carecia de um estudo comparativo entre os medicamentos para AR, bem como de uma discussão sobre as hipóteses que poderiam explicar os mecanismos antioxidantes desses medicamentos.