Estresse de profissionais de saúde das Unidades Básicas do Município de Londrina

  • Edvilson Cristiano Lentine
  • Tereza Kiomi Sonoda
  • Damares Tomasin Biazin

Resumo

O estresse é a resposta fisiológica, psicológica e comportamental de uma pessoa, visando adaptação a mudanças ou situações novas, geradas por pressões externas ou internas. Por isso, este trabalho tem por objetivos: analisar os níveis de estresse nos profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Londrina; identificar as fontes geradoras de estresse nas atividades das pessoas que trabalham nessas UBS e verificar as principais alterações do comportamento que o estresse pode acarretar sobre a saúde desses profissionais. Esta pesquisa foi desenvolvida na linha quantitativa e a coleta de dados foi realizada nas 51 UBS através de questionário desenvolvido pelos autores. A população alvo do estudo foram os profissionais da rede de saúde: enfermeiros, médicos e auxiliares de enfermagem, totalizando 812 profissionais, obtendo-se retorno de 429 (53%) questionários, sendo 102 enfermeiros, 61 médicos e 266 auxiliares de enfermagem, que então constituíram a amostra. Os resultados mostram que todos os profissionais referiram nível médio de estresse em seu local de trabalho, sendo 62% dos enfermeiros, 61% dos médicos e 62% dos auxiliares de enfermagem. A grande maioria dos profissionais considera seu trabalho estressante, sendo que esta foi a resposta de 96% dos enfermeiros, 77% dos médicos e 73% dos auxiliares de enfermagem. Os profissionais afirmam que aliviam seu estresse praticando atividades físicas. Citaram esta atividade enfermeiros (23%), médicos (31%) e auxiliares de enfermagem (15%). Em seus locais de trabalho, o que causa mais estresse é: para 19% dos enfermeiros, a alta demanda; para 18% dos médicos, a carga horária excessiva; para 19% dos auxiliares de enfermagem, os pacientes sem respeito/estressados e sem consciência do trabalho na UBS. A maioria dos profissionais classifica como bom o nível de relacionamento com seus colegas de trabalho, sendo assim para 72% dos enfermeiros, 66% dos médicos e 70% dos auxiliares de enfermagem. Os mesmos avaliam como gratificante o seu trabalho, sendo 67% dos enfermeiros, 59% dos médicos e 69% dos auxiliares de enfermagem. Como principal atividade de lazer, enfermeiros, médicos e auxiliares de enfermagem apontaram a leitura (15%, 16% e 13%, respectivamente). Os resultados sugerem que o estresse gerado pelas atividades destes profissionais desencadeia neles alterações na saúde, sendo necessário um programa de prevenção e redução do estresse em todas as UBS.

Biografia do Autor

Edvilson Cristiano Lentine

Enfermeiro graduado pela UniFil. Discente de Especialização em Saúde Pública na UniFIL. Enfermeiro e Coordenador do Programa Saúde da Família das Unidades Básicas de Saúde dos distritos de Maravilha e de Três Bocas do município de Londrina – PR. 

Tereza Kiomi Sonoda

Discente de Especialização em Saúde Pública na UniFIL. Enfermeira e Coordenadora do Programa Saúde da Família da Unidade Básica de Saúde do distrito Taquara do Reino do município de Ibiporã – PR. 

Damares Tomasin Biazin

Docente no Curso de Enfermagem da UniFil. Docente de Especialização em Saúde Pública da UniFil. Mestre em Enfermagem, Coordenadora do Curso de Enfermagem da UniFil e Doutoranda pela USP de Ribeirão Preto. E-mail: enfermagem@filadelfia.br

Publicado
2020-04-02
Como Citar
Lentine, E., Sonoda, T., & Biazin, D. (2020). Estresse de profissionais de saúde das Unidades Básicas do Município de Londrina. Revista Terra & Cultura: Cadernos De Ensino E Pesquisa, 19(37), 103-123. Recuperado de http://periodicos.unifil.br/index.php/Revistateste/article/view/1349/1239
Seção
Artigos

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