Malês: uma passagem a ser concretizada

  • Agnaldo Kupper

Resumo

Malês eram escravos islamizados, que organizaram várias revoltas na Bahia, entre 1807 e 1835. Pertenciam às etnias ‘hauça’, ‘nagô’, ‘tapa’ e ‘jeje’; originários do golfo de Benin. Muitos escravos maometanos tinham elevado padrão cultural: sabiam ler e escrever o árabe. As revoltas dos malês culminaram com a ocupação de Salvador em 1835, quando os escravos atacaram vários quartéis e prisões, mas acabaram sendo derrotados pelas forças policiais. Ao final deste último conflito, pelo menos oito soldados brancos e setenta negros estavam mortos, além de centenas de feridos. Foram presos 281 escravos, dos quais dezesseis foram condenados à morte. Analisar a presença malê, sua dispersão após a grande revolta de 1835 e o enraizamento de sua cultura entre nós, é resgatar para a História os rostos daqueles que lutaram e lutam por princípios, crenças e cidadania.

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Agnaldo Kupper

Docente na UniFil. Docente e Diretor Pedagógico no ensino médio e cursos pré-vestibulares. Autor de livros didáticos e paradidáticos. Doutorando na área de História e Sociedade. Chefe do Centro de Estudos e Pesquisas da SEMA-PR. Diretor do Ateneu  - Ensino Médio e Vestibulares. Escritor. E-mail: ateneucp@uol.com.br

Publicado
2020-03-30
Como Citar
Kupper, A. (2020). Malês: uma passagem a ser concretizada. Revista Terra & Cultura: Cadernos De Ensino E Pesquisa, 22(42), 85-93. Recuperado de http://periodicos.unifil.br/index.php/Revistateste/article/view/1256/1167
Seção
Artigos