Diabetes mellitus gestacional: aspectos fisiopatológicos materno-fetais
Resumo
Objetivando relatar os aspectos clínicos da diabetes mellitus gestacional, em especial a fisiopatologia materno-fetal, demonstrar o conceito e os aspectos fisiopatológicos, abordar as complicações materno-fetais e proceder uma breve análise sobre seu diagnóstico e tratamento, foi realizada uma revisão bibliográfica de caráter descritivo. A pesquisa foi realizada por meio de uma revisão de literatura utilizando artigos científicos encontrados em bases de dados como PUBMED, SCIELO, LILACS e BIREME dos últimos 6 anos, além do acervo físico da Biblioteca Central do Centro Universitário Filadélfia – UniFil.A diabetes mellitus gestacional surge em decorrência da resistência à insulina por consequência da gravidez e que resulta em hiperglicemia variável, sendo diagnosticada ao longo dagestação e, pode permanecer ou não após o parto. A gestação é um estado hiperinsulinêmico caracterizado por uma resistência à insulina. É resultante da combinação entre o aumento da adiposidade materna e da produção placentária de hormônios diabetogênicos que servem para garantir o suprimento adequado de glicose ao feto, como a progesterona, o cortisol, a prolactina e o hormônio lactogênico placentário. Esta condição é proveitosa para o feto em particular, entretanto, quando ela segue exacerbada prejudica gravemente o desenvolvimento normal do mesmo, em especial quanto à sua relação fisiológica e patológica. O comprometimento fetal está vinculado a hiperglicemia materna, que chega até o feto através da placenta por difusão facilitada. A hiperglicemia fetal, por sua vez, provoca a produção excessiva de insulina que intervêm na homeostase fetal, levando a uma macrossomia, além de ocasionar prematuridade fetal ou até malformações. Um adequado e precoce diagnóstico, além da percepção das alterações da tolerância a glicose proporcionam a escolha de medidas terapêuticas que visam prevenir e adiar as complicações da patologia.